O Titã e o mortal

O Titã percebeu a presença de um mortal alado observando-o. A criatura voava a uma distância segura de seus tentáculos. Havia ferros no seu corpo e em suas mãos, dos quais Ulamog não fazia ideia de para que serviam. Kozilek deveria saber. Era melhor perguntar para ele posteriormente. 
Aproximando-se mais rapidamente da criatura, o Eldrazi pode perceber uma estranha alteração nas suas expressões faciais. O ser alado afastou-se e parou no céu, apontando o ferro na sua direção. Por que alguém faria algo tão sem sentido?

Ulamog esticou seus membros na direção do mortal. A criatura era ágil, esquivando-se dos apêndices que ele havia criado com a aparência dos membros dos mortais que ele já havia consumido. Voando em sua direção, o ser alado atacou o apêndice semelhante à cabeça mortal que haviam em seu corpo. Kozilek estava certo. Os mortais hostis costumavam sempre atacar aquela parte do corpo.
Kozilek sabia muitas coisas.

A criatura alada falou algo. “Deixe este mundo e as almas que o habitam, ou sinta o gosto da minha lâmina”. O Titã não compreendia, mas estava ansioso para sentir o sabor dessa tal lâmina. Agora que ele podia ver melhor, a criatura era aquilo que os mortais chamavam de anjo. Outros mortais os reverenciavam como criaturas divinas. Ulamog não compreendia como um mortal podia ser mais importante que outro mortal.

O anjo veio em outra investida. Dessa vez, a tal lâmina tocou seus membros, seus braços. Infelizmente, foi muito rápido para que ele pudesse consumi-la, mas não rápido o suficiente para que a criatura escapasse de suas mãos...

Ulamog envolveu o corpo da criatura. Imediatamente, começou a consumir o ser alado. A textura do seu corpo era adorável, mesmo coberto por aqueles estranhos e inúteis ferros. O anjo emitia sons de sua boca, algo chamado de grito. Segundo Kozilek, mortais faziam isso quando sentiam algo chamado dor.

O anjo se debatia nas mãos do Titã, mas sua força já havia se esvaído. Em minutos, restou apenas pó do que foi a criatura alada.



Texto de nosso colaborador Alexandre Alves. Inspirado em uma carta de Magic.

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