Capitão América: Guerra Civil

Olá, Ciborgues, vocês já viram o novo filme do Capitão América? 

Bem, se não viram, não se preocupem, pouparei vocês dos spoilers, afinal, o filme é uma coisa incrível, que merece ser visto com todas as suas surpresas, sem algum(a) bocud@ para dizer coisas, estragar as surpresas.

Mas, gostaria de comentar algumas coisas, nada que acabe com a maravilhosa sensação de ver aquela obra de arte (o filme é demais, gente).

Em um momento tão delicado como esse que vivemos, em contextos de polarizações, de extremos, como se tudo fosse 8 ou 80 (é o novo, minha vó que dizia isso), como se só existissem duas posições: uma opção e a outra fosse o completo extremo disso. Ou seja, internacionalmente, sobretudo se pensarmos a própria nação de produção do filme, os Estados Unidos, na corrida presidencial dois extremos se destacam: um candidato completamente conservador, reacionário e que defende bandeiras extremamente violentas para muitos setores da sociedade. O outro lado da moeda, um candidato, acusado pelos grupos mais conservadores de ser comunista, que levanta bandeiras opostas a de seu opositor.

No Brasil, esse nosso país que de igual e homogêneo não tem nada, vive um conturbado período onde esses antagonismos e bipolaridade se mostram na disputa entre Petralhas e Coxinhas. 

Nesse momento, surge um gigante do cinema, o filme Capitão América: Guerra Civil. 

O filme discute e nos faz pensar sobre essas escolhas que fazemos, e também nos fazendo tomar uma posição, fazer uma escolha: Time Capitão América ou Homem de Ferro?

Meus amigos e eu conferindo o filme no dia da estreia

Contudo, apesar dessa bipolaridade dos times dos heróis que somos fãs (ou não), o filme busca também nos fazer questionar como as coisas não são sempre assim. 

ZONA SPOILER

Por exemplo quando a Romanoff ajuda o Capitão América e o Soldado Invernal a fugir, mesmo que o suposto time que ela faz parte queira capturar eles. 

Ou seja, nem tudo é tão separado assim, existem coisas, interesses e sentimentos para além dessa polaridade. As coisas não podem (e não devem) ser tão extremas, e de forma sutil esse filme nos faz ter uma reflexão sobre isso. 

Outro exemplo disso é quando o Tony, mesmo discordando do Capitão sobre o Tratado, vai ajudar ele a encontrar o responsável por boa parte das confusões, que por sinal não é o Soldado Invernal. Mas Stark pensava que sim, até descobrir o contrário e ir ajudar.

ACABOU O SPOILER, EU JURO!

Uma outra coisa que nos faz refletir muito é a própria ideia do Tratado de Sokovia, de cadastramento, monitoramento e controle das criaturas mais poderosas que existem e sua subordinação à ONU. 

Liberdade ou controle? Segurança ou violência? Vida ou morte?

Essas perguntas nos apresentam duas opções, assim como os times dos hérois. Mas, o próprio filme e os destinos que esses super poderosos vão dando a trama nos fazem perceber que existem muitas coisas além de duas opções, que coisas podem fazer sentido e que não precisam ser tão deterministas, tão duais. 

Enfim, o filme é visualmente lindo, com efeitos incríveis e uma trama envolvente, que apesar de cheia de ação e conflitos, consegue ter cenas muito engraçadas. Vejam e tirem suas conclusões. No filme percebemos como as coisas são complexas e como a violência precisa dar lugar ao diálogo. Acredito que na vida real também precisa ser assim. 

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