Todas somos Malévola(s)?

Hoje eu acordei pensando na Malévola. Estranho? Talvez. Eu sei que algumas coisas na vida parecem não ter fim. Me refiro principalmente a grande dependência emocional/sentimental que criamos em relação ao outrx. Daí você deve estar pensando que eu tô mudando de assunto, né?

Não gente, tudo isso está relacionado. Malévola representa um pouco de todas nós. Mulheres. Ela é incrível, poderosa (mesmo que algumas de nós não saibamos ainda)...


Ela guarda em seu coração um intenso amor. Apaixonada desde sua juventude por uma criatura, essa sim maléfica, um homem a quem ela devota seu amor e atenção e que acabou por traí-la de maneira covarde e triste, mudando completamente a trajetória dela.

Transbordando de ódio, ela decide se vingar. A vingança de Malévola não se trata do troco ou birra de uma menininha mal amada. Seu sentimento e atitudes de vingança estão ligadas a grande decepção e frustração de perder seu alicerce, a pessoa que ela amava e confiava. Quantas de nós não depositamos nossas esperanças e felicidades em uma outra pessoa? Num namorado ou namorada, companheir@, amante, namorid@s...?

Pois bem, gente... amar-se é uma construção difícil. Há um certo tempo tinha refletido sobre esse filme e os deslocamentos que ele promove. Na época pensei:

"Acho realmente que os sofrimentos que experimentamos podem nos endurecer. Isso é compreensível. Mas acho que a felicidade não está simplesmente no outro – no amor que sentimos por um homem/ uma mulher, na confiança que depositamos n@s outr@s. O verdadeiro sentido sempre deve está em nós mesm@s, naquilo que somos e podemos fazer. Viver e amar-se pode ser a maior aventura e o maior desafio que temos em nosso breve tempo nesta existência."

Nós precisamos nos libertar das relações que nos oprimem, nos fazem sofrer ou que de alguma forma nos deixa mal. Todas nós, gatosas, precisamos entender o quão incrível podemos ser. Precisamos nos aventurar nesse breve - mas intenso - lugar chamado vida. Todas nós podemos ser felizes, mas o processo é doloroso, lento e requer força para que possamos dar um basta em todas as violências, sejam elas físicas ou não.

Malévola foi ferida. Além da dependência emocional, da decepção e da frustração de ser abandonada por quem se ama, seu corpo foi mutilado por alguém que ela confiava.

Pode parecer autoajuda, mas não é miga. Nem gosto do gênero. Mas todas nós somos mais fortes juntas. Gata, seja você mesma sua razão de existir. Seja você a mulher da sua vida!


P.S.1: Quer saber como termina o filme? Não vou dar spoiler. Assiste, vai! ;)

P.S.2 (Não é o Play Station): Como já disse, escrevi há algum tempo algo sobre Malévola e coisas relacionadas a essa publicação. Dá uma olhada e aproveita pra conhecer um blog escâaaaaaandalo chamado Malditas Amigas.

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