Invisíveis...




Não me olha assim
que teu olhar me viola os sentidos e a razão,
que teu olhar
me deixa preso em te ver...

Uma incógnita,
palavra e conceito que te resume,
grande interrogação do meu hoje,
caminhos teus que não sei,
vontades que não sei decifrar...

Longe um sonho,
teu corpo em cima de mim,
tua boca pequena o bastante para me devorar,
no rádio uma música clichê
que você nem gosta,
luz fria caindo do teto.

E se o céu escuro
caísse sobre nós dois
deitados?
E se eu te visse
por uma nuvem
iluminada por uma estrela qualquer?
E se essa estrela
te conhecer mais do que eu?

E se for tudo paranoia?
Mas se forem concretos
e uníssonos nossos pensamentos?

Bipolaridade magnética
que faz o “om”,
cabeça vai longe,
vai pelas linhas,
trilhas invisíveis levar meu beijo.

Esquizofrenia racional de um talvez,
de uma confusão,
do indefinido que ilude e enfeitiça.
Uma melodia frenética
tão repetitiva e viciante...
Os livros da ciência
não me respondem!

Onírico,
bêbado
tentando me segurar nas letras e palavras,
já me perdi,
nada!
Signo de fogo,
acende um cigarro pra mim...
Tenho receio dos teus ares!

A lua me perguntou
se existe disco voador,
ela me oferece uma taça de vinho
para saborear melhor isso tudo,
mais suave.

Me permito aos toques de um outro.
Você nem sabe
que sou seu por involuntário,
você também nem sabe quem eu sou...

Esse outro conhece,
descobre o gosto das minhas seivas,
percorre minhas grutas e cavernas ignotas,
Esse outro,
ser indivíduo, único
é tudo mentira,
truque ilusionista da embriaguez.

Sala de espelhos,
não és uno,
suas caras são muitas,
te vi por acaso e sorrimos juntos.

Você nem sabe quem eu sou,
nem sabe que eu sou de outros,
outros tantos que você esconde,
um camaleão passa pela janela.

Só teus olhos, incontestáveis,
pois nem o ébrio
me defendeu das flechas mirantes
que saem deles,
nunca vi pedras tão lindas
quanto tuas amazonitas,
nem nos outros me perdi,
assim quando meus olhos encontraram os teus

Texto de Bárbara C.
Eu, hoje, ando atrás de algo impressionante
Que me mate de susto
Um impulso, um rompante
Que é pra me desviar desse mar de calmante

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